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terça-feira, 13 de março de 2018

Entrevista : Crappy Jazz (Londrina)

É isso ai galera, voltando as atividades depois de uma semana agitada. Vale registrar que o Show do Test, Deaf kids e Dizzaster(muito bom) foi verdadeiramente do Caralho! e nesse fim de semana pude colar também no Fatal Blow, Sinistro e Nofimdodia no Barbas Bar em Rolândia e o role foi animalesco também, com direito a cover de Street Bulldogs, Ratos de Porão e Sepultura. Mas além da semana agitada, estava com dificuldades tecnicas e por isso não pude atualizar a bagaça toda. material a ser explorado(odeio essa palavra) tem de sobra. Muitas bandas ainda que não falamos, e a bola da vez é o duo CRAPPY JAZZ!
Dois malucos da cidade de Londrina que resolveram fazer acontecer de uma forma não muito convencional, no que diz respeito a formação ( um baixo lazarento de pesado e uma batera maracatuiutada(?) de boa) . Troquei uma ideia com os meninos e o resultado segue abaixo.


(clique da Isabella Monteiro).



Sons Crappy Jazz

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Canal Youtube Crappy Jazz




CR : Como foi o início do projeto ? A ideia da banda, um duo baixo e batera não é muito convencional. Teve alguma banda que inspirou na formação do crappy jazz? Mesmo que não tenha inspirado musicalmente


Acho que não teve nenhuma banda inspiradora na verdade, embora tenha bastantes bandas de dupla que a gente conheça. Nós tínhamos a ideia de montar outra banda mais certinha, o Yuri tocaria guitarra e eu (Silva) seria baixista, tinha outro cara que tocava bateria, e aí estávamos buscando um vocalista. Depois de um tempo, acabamos não achando vocal e o baterista desanimou com o projeto, ficamos só os dois e fomos testando formatos… Somos resultado dessa `falha` da outra banda na verdade hehe. (Silva)

CR : Vocês dois já tocaram em outros projetos ? Juntos? Quais projetos ?

Tivemos outra banda, com um som mais voltado pro alternativo (o Yuri tocava bateria e eu era guitarrista), era um trio… Esse projeto tá parado por enquanto. (Silva)


Meu primeiro projeto foi o Narinas, de 2005 a 2013, tocava guita e fazia vocais, as composições eram todas em inglês, pop punk californiano, era minha pira desde pequeno fazer esse tipo de som e o estilo de vida também. Gravamos um álbum no final de 2010 e depois que nesse projeto no final restou somente eu, gravei um EP e daí deixei de lado. No final de 2013 comecei um novo projeto chamado Rastera, na mesma linha, guitarra, vocais e composições em inglês, mas já era bem mais trabalhado o instrumental, e também comecei a compor com mais peso, acho que aí começou um pouco mais da influência pesada que o Crappy leva. Esse projeto foi bem curto, já terminando em 2014, gravamos um Ep de 3 faixas, e dai não rolou mais. (Yuri)

CR : As influências de vocês ? Quais as bandas (músicos) favoritas que ajudaram a formar a identidade musical do crappy jazz? (Considero o som de vcs muito autêntico )

Poxa, valeu mesmo pelo autêntico. A gente se inspirou em bastantes coisas, como Nu Metal, pelo peso nos riffs e vocais, e várias bandas como Sepultura, System Of A Down, Nação Zumbi, Raimundos, Mars Volta, Maximum The Hormone, Deftones... E gostamos também de surf music e algumas coisas de noise rock… E por aí vai.


CR : Lembram do primeiro show do Crappy jazz? Como foi e ainda é a recepção da galera que vai ao show sem conhecer a banda .

Foi bem engraçado, aconteceu em 2016 num bar aqui da cidade que fazia uma noite com palco aberto. Chegamos lá e tocamos 3 músicas apenas (as 3 que a gente tinha, rsrs), foi interessante ver a reação, algumas pessoas acharam curioso o som, teve gente que achou estranho, outras acharam interessante e até vieram perguntar sobre… Erramos um monte, mas foi legal como primeira experiência. (Silva)

CR : Como foi a fase de composição e gravação dos primeiros singles ?

Depois que decidimos que nosso projeto era isso mesmo, somente nós dois, baixo e batera, a gente precisava testar isso com vocais, ai eu comecei a compor pela primeira vez em português, foi totalmente experimental, desde os primórdios do nosso projeto. Comecei a escrever bastante, igual nunca tinha escrito antes, e de todas essas escritas começaram a sair as primeiras músicas completas, com as melodias e letras. A gente entrava no estúdio, começava a tocar, experimentar sonoridades, ritmos, e depois disso eu vinha com uma letra e melodia quase pronta pra cada música, ai passávamos as musicas com vocais, depois a gente gravava uma demo pra virar o ouvinte do nosso som e ver se o que tá saindo desses ensaios doidos, se tinha algum sentido hahaha.(Yuri)


Nas primeiras gravações a gente testou muita coisa, até nos jeitos de gravar e em como mixar pra ficar melhor o som, sem soar vazio (por ser baixo e bateria apenas) e tudo mais… A gente começou a explorar pedais de efeitos, elementos de percussão e ‘ruídos` que somassem de alguma forma. Foi legal lançar faixas avulsas para as pessoas irem conhecendo o som. Fizemos esses vídeos que deram uma visibilidade legal também. (Silva)

CR : O que o crappy jazz tem a dizer em suas letras?

Acho que a gente não tem uma mensagem ou algo específico a dizer com nosso som. As letras têm seus significados, mas não tão óbvios (eu acho), prefiro que cada um ouça o som, leia a letra e tenha sua interpretação de cada uma, acho que assim cada um consegue ter uma conexão própria com o som, de várias perspectivas, uma identificação própria, assim também pensando “mas que p*rra é essa que esse cara escreveu?” haha
Digamos que, conflitos psicológicos no cotidiano possam ser o mais óbvio aí. (Yuri)

CR : Como está sendo o processo de composição e gravação do disco? Quantas faixas ? Já estão finalizando ?  Quando vamos ter a bolacha em mãos? E o que mudou dos singles para o disco? Em termos de musicalidade. Houve influências novas?

No começo iríamos fazer um EP com umas 9-10 faixas, mas pelo trabalho ser gigantesco, achamos que valia mais a pena fechar um álbum completo com 11 faixas. As gravações são feitas no meu estúdio, um espaço caseiro mesmo… Começamos em agosto de 2017 e fizemos as últimas gravações agora em janeiro. Lembro que tava ouvindo bastante o primeiro disco do Los Hermanos durante a composição das faixas também. Estamos finalizando a mixagem e teremos o trabalho pronto em breve. (a ideia é lançar neste semestre ainda). (Yuri)


As primeiras faixas foram pra testar um pouco a produção, E agora com o álbum a ideia é que tudo soe mais natural. Acho que já conseguimos ter agora uma qualidade um pouco melhor de gravação. Algumas faixas, que já tinham saído, foram regravadas para o disco, agora com mais experiência. Vimos que as músicas tinham potencial para soarem melhor no álbum. As novas faixas exploram elementos do som que a gente ainda não tinha mostrado nos singles... Agora com novos efeitos, alguns ritmos diferentes e novos estilos de melodia e levadas que não apareceram antes. É uma continuação do que vínhamos fazendo, acho que mostraremos algumas influências que não tinham aparecido bem. (Silva)

CR : Alguma data na agenda algum evento especial em vista? 


Logo mais lançaremos a primeira música do trabalho, estamos com um vídeo feito que vamos soltar em breve. Temos um show marcado em Londrina em abril, e já estamos vendo novas datas em cidades aqui perto para os próximos. (Fica a dica aí, caso alguém queira nos convidar pra tocar, é só convocar hehe).
 





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